Quebra do paradigma do uso do papel

Quebra do paradigma do uso do papel

 

Com o avanço da tecnologia da informação ramificando-se por todas as áreas do conhecimento humano , tanto técnicas quanto cientificas, politicas, etc., está para ser quebrado um importante paradigma na sociedade moderna: trata-se da inibição ou diminuição do habito ou a necessidade do uso do papel para representar documentos, compromissos, demonstrativos, notas fiscais, cupons de compras, e outras avenças. Não é fácil se desvencilhar desse habito, pois o papel foi inventado como uma revolução da humanidade desde a mais remota época e é um meio físico importante de prova.

A novíssima geração de seres humanos com ate mais ou menos 15 anos já nasceu conectada, é o que chamamos de bebes engravatados; estes já não dão muita importância para o papel, vivem conectados com seus tablets, smarfones ifones, etc. podem fazer pesquisa de vários produtos até mesmo dentro de uma loja concorrente ou digitalizar um folder de ofertas de uma loja e realizar em qualquer lugar uma pesquisa de preços. Ao comprar um produto em uma loja, não tem a menor dificuldade de pedir que a nota fiscal seja remetida via e-mail, isto quando já não compra via internet.

Do ponto de vista das empresas privadas, a implantação e consolidação da Nota Fiscal eletrônica, a assinatura digital através de cartão magnético e o Sistema Publico de Escrituração Digital o chamado SPED FISCAL, SPED CONTABIL E SPED CONTRIBUIÇÕES, está contribuindo para a quebra deste paradigma; em 2014 será lançado o SPED SOCIAL que englobará todo o sistema de folha de pagamento. Recentemente o fiscal estadual do RN lançou em caráter experimental a Nota Fiscal eletrônica para o consumidor final, que quando consolidada substituirá o cupon fiscal. Todas essas iniciativas dos órgãos governamentais sobretudo do fisco em todos os níveis, visam cercar o contribuinte para evitar a sonegação fiscal principalmente, mas empurram as empresas para uma informatização muitas vezes forçada. No final das contas o saldo será positivo, pois o uso intensivo da tecnologia de informação no dia a dia das empresas, se bem aplicados, reduz custos e aumenta ao mesmo tempo a produtividade na medida em que evita retrabalho e trabalhos manuais ineficientes assim como força a reciclagem do pessoal para lidar com as nova tecnologias. No meio contábil já se consegui um importante avanço na diminuição do transito de papeis tanto nas juntas comerciais quanto na satisfação das obrigações fiscais e  apuração de impostos,  na implantação do SPED conforme já mencionado. No meio jurídico, os advogados já remetem petições e acompanham o tramite das mesmas via internet.

Percebemos que o governo, sobretudo o fisco a nível federal, estadual e municipal teve tempo e capacidade para se preparar, se equipar em termos de informatização e conectividade, para lidar com as organizações privadas; entretanto as organizações privadas não se equiparam tanto quanto o governo e atualmente o jogo esta sendo ganho por aquele. As empresas sobretudo as pequenas e medias, estão patinando tanto na implantação de seus controles internos, quanto na remessa tempestiva de informações e documentos ao fisco, por exemplo.

No que se refere a informatização das atividades meio dos órgãos públicos, percebe-se um grande avanço a nível federal e em muitos casos a nível estadual; a gestão publica a nível federal está bastante profissional no que se refere a informação de seus processos; nos governos estaduais percebe-se que alguns avançaram mais que outros e conseguiram um razoável nível de informatização de seus processos.

Nesse aspecto o maior problema esta nos governos municipais, sobretudo nas pequenas e medias prefeituras; algumas iniciativas já começaram a surgir seja por iniciativa dos tribunais de contas estaduais e da união, seja das próprias prefeituras. A regulamentação do governo federal tenta impor as prefeitura uma padronização mínima em determinados processos e prestação de contas, demonstrativos e recentemente impondo uma contabilidade igual assim como um portal de transparência a ser obrigatoriamente adotado pelas mesmas sejam grandes, medias e pequenas.

A mensagem que surge desse artigo é que tanto as organizações publicas quanto as organizações privadas, devem estar sempre atentas as nova tecnologias e as utilizando em seu proveito, visando tornar mais eficiente seus respectivos serviços prestados e suas vendas e portanto cumprir o objetivo que se propõem da forma mais eficiente e eficaz possível.